Chapter 33: Capítulo 32
Chapter 33: Capítulo 32
Acordei umas três horas e tinha decidido ir ao shopping, não queria ficar em casa e tinha um bom Còntens bel0ngs to Nô(v)elDr/a/ma.Org
tempo que não fazia umas comprinhas para mim. Após sair do banho coloquei uma jardineira jeans e
uma blusa de manga preta da Holister. Peguei minha bolsa e coloquei minha carteira e minhas
chaves.
Chamei o Uber e sai trancando a porta logo em seguida entrando no elevador. Ao chegar ao térreo
cumprimentei o porteiro e apressei meus passos até o carro que já tinha chego. O trajeto foi tranquilo,
não tinha trânsito, nem engarrafamento e eu agradeci mentalmente por isso.
O shopping estava um pouco cheio e provavelmente era por ser domingo. Fiquei andando pelo
mesmo e entrei em algumas lojinhas de roupas, amava quando tirava esse tempo pra mim.
— Obrigada, volte sempre — sorri amigavelmente em forma de agradecimento para o mulher que me
levou até a porta com minhas sacolas.
Meu sorriso se desfez assim que eu vi quem estava no outro lado do shopping, também saindo de
uma loja. Tentei fingir que o vi e caminhei normalmente olhando outras lojas. Olhei pra trás na
esperança que ele não estivesse mais a meu alcance e tomei um susto quando o vi a passos de mim.
— O que é, Diego? — parei no meio do shopping — Tá me seguindo? — arqueei a sobrancelha.
— Não sabia que o shopping agora é privado, jurava que era público — debochou.
— Engraçadinho — cerrei os olhos.
— Pensei que a médica tinha falado que você ficaria de repouso — parou em frente a uma vitrine e a
observou.
— Quis dar uma volta — o olhei e forcei um sorriso.
O deixei sozinho e voltei a caminhar pelo shopping e parei em frente a uma loja de bebê. Tinha uma
roupa amarelinha com acessórios na vitrine e eu fiquei a olhando encantada, com os olhos brilhando.
Um bebê que estava no colo de sua mãe me olhou e mostrou sua baguela me fazendo ri.
Uma lágrima escorreu sobre meu rosto e quando eu voltei a realidade a tratei de enxugar e me
recompor. Olhei para o lado e Diego estava estático me olhando e desviou o olhar na hora. Um
sentimento estranho havia tomado conta de mim e eu estava tentando entender o que havia
acontecido.
— Está tudo bem? — se aproximou me olhando.
— Sim — enxuguei as lágrimas — Foi só.. é que, eu não sei — ri fraco — Uma hora você não quer ser
mãe e de repente um sentimento toma conta por causa de uma simples roupinha de bebê — o olhei.
Diego não disse nada, apenas ficou me olhando. Voltamos a caminhar pelo shopping e eu não tirava o
que tinha acontecido da minha cabeça. O clima chato entre eu e Diego tinha até passado, nós
estávamos conversando e até rindo um do outro.
Nossa relação era de veneta.
Depois de andar bastante e comprarmos algumas coisas paramos pra comer e pedimos um
Macdonald's para nós dois.
Eu amava.
— Como assim você não gosta das princesas? — indaguei com uma batata na boca — Elas são
maravilhosas.
— São chatas — rolou os olhos — Transformers e Harry Potter são bem melhores que esse bando de
mimadinha que nem você, aí.
— Mimadas? Elas são guerreiras e lindas — mordi meu hambúrguer — Você deveria ver.
— Nunca — piscou.
Ficamos discutindo quase meia hora qual era melhor, sem dúvidas eram as Princesas e eu não
conseguia entender quem não gostava delas.
— Transformers é horrível, Diego — fiz cara de novo — qual é a graça em um filme de carros que se
transforma em um caminhão?
— Que Transformers é esse que você viu, Manuela? — fez cara de espanto.
— O filme não é isso? — beberiquei meu refrigerante e arqueei a sobrancelha.
— Fica quietinha, faz esse favor — o chutei por baixo da mesa e nós rimos.
Passamos a tarde toda no shopping, fomos ao cinema, no área play onde jogamos uma jogos e fomos
em alguns brinquedos. A raiva que parecia que não existia voltou quando Diego me enganou e me
colocou pra ir na casa fantasma sozinha.
Eu morria de medo dessas coisas e passei nervoso e raiva.
Quando sai da casa quase matei Diego que ria descontroladamente.
— Você tinha que ter visto sua cara — disse em meio das risadas.
— Nossa que engraçado, estou rindo muito — forcei uma risada.
Diego ficou rindo umas meia hora disso e no final acabei rindo junto também. Tinha comprado umas
roupas que estava em promoção pra mim e também umas maquiagens que eu estava sem.
Tinha gastado minhas economias quase toda.
— Vou passar em casa pra deixar essas bolsas, pode ser? — entrou no carro e eu assenti colocando
o cinto.
Fui obrigada a escutar as músicas ruins de Diego o caminho o todo, pra ser bem sincera, eu preferia
ser surda.
— Não me surpreende uma pessoa que gosta de Transformers ter um gosto musical péssimo —
suspirei.
— Falou a pessoa que gosta das Princesas — riu.
— Não vou discutir com você novamente, você não sabe o que é cultura.
Diego passou em seu apartamento para deixar suas compras e eu fiquei o aguardando dentro do
carro no estacionamento mesmo. Enquanto ele não vinha fiquei mexendo no celular respondendo
algumas mensagens e mexendo nas redes sociais.
Uns minutos depois o mesmo voltou dando partida. Conversamos o resto do caminho e Diego dirigiu
lentamente observando a orla de Copacabana que estava com bastante fluxo de pessoas.
Eram seis da noite quando chegamos ao meu prédio vinte minutos depois e após Diego estacionar o
carro nós entramos. Aparentemente não tinha ninguém em casa, fechei a porta e coloquei as bolsas
em cima do balcão.
— Vou trocar de roupa — Diego assentiu e se sentou no sofá.
Fui em direção ao meu quarto e no meio do corredor me deparei com a porta aberta e a luz acessa, eu
tinha certeza que tinha deixado tudo apagado e a porta fehada. Em passos devagar fui me
aproximando e vi Gabriel estava sentado na cama segurando um envelope.
Engoli a seco quando o vi com o envelope da ultrassom na mão do mesmo e meu coração disparou.
— Manuela, tudo b...— Diego apareceu na porta e gelou quando viu Gabriel.
— Manuela, você pode me explicar isso? — fixou o olhar em mim.
O dia tinha sido ótimo, ou pelo menos uma parte dele.