Capítulo 307
Capítulo 307
Capítulo 307
Uma floricultura, sob uma garoa fina, iluminada por uma luz em tom amarelo e fraca.
A dona do local, uma senhora um pouco gordinha, apoiava–se sentindo muito tédio no balcão, como se estivesse esperando por alguém.
Ela verifica o horário.
É bem provável que aquele importante cliente não venha mais, pois já são quase onze horas, não é?
Já estava pensando em fechar as portas quando o sino do vento na entrada começou a tilintar
Ela se endireitou prontamente.
Um homem estava na porta, vestindo um terno preto, alto e com um ar úmido, entrou.
*Sr. Ferreira, eu já estava achando que o senhor não iria vir!” disse a dona da loja o recebendo com um sorriso.
“Me atrasei devido a uma viagem de negócios, disse Israel Ferreira com uma voz sem demonstrar emoção. “E as flores?”
“Estavam reservadas para o senhor!” Ela imediatamente trouxe as flores. “Eu ainda penso que eu poderia mandar entregá–las no seu apartamento com frequência, seria mais confortável.”
“Não, obrigado.”
Ele rejeitou como já era de costume.
E foi embora de modo superficial.
A dona da loja ficou esperando até que ele saisse e só então se deu conta, meio sem palavras, que o senhor não tinha um guarda–chuva.
Vacilou se deveria levar um até ele.
O marido dela, apareceu bocejando, na parte de trás da loja: “O cliente levou as flores?”
“Sim, é um homem tão amável, toda semana ele vem aqui comprar flores para a esposa.” Disse a dona da loja cheia de inveja, depois virou para olhar o seu homem, que vestia bermudas tortas e chinelos de dedo que já estavam se desfazendo, mesmo tendo sido comprados há apenas dois meses atrás.
Sua expressão ficou sombria repentinamente.
Por que a diferença é tão grande, se todas são mulheres?
Israel Ferreira chegando ao seu apartamento, abriu a porta e notou que tudo estava escuro. NôvelDrama.Org owns © this.
Ele ficou parado na porta segurando as flores, como se esperasse que alguém surgisse repentinamente, correndo em sua direção com um sorriso cheio de alegria.
Mas…
Mas como sempre, o que o estava esperando era o silêncio e a penumbra.
Com um toque, Israel Ferreira acendeu a luz.
Mais de 10 anos tinha se passado desde que Leticia Fernandes havia se mudado para aquele apartamento.
Tudo aqui estava marcado pelo tempo.
Israel Ferreira tirando o casaco, retirou as flores velhas que estavam no vaso e, lembrando–se de como Leticia costumava limpar com muito cuidado o recipiente antes de colocar as flores frescas.
Já era quase meia–noite, quando ele terminou.
Israel Ferreira tomou um banho quente, pegou seu pijama no guarda–roupa e ficou observando as roupas femininas.
Após cinco anos, a presença dela foi desaparecendo gradativamente daquele apartamento.
Depois de colocar o pijama, ele não foi para a cama dormir Ao invés disso, deitou–se no sofá com um cobertor.
Ligou a TV, colocou em um canal qualquer e deixou sem volume.
Então, Israel Ferreira abriu uma gaveta, pegou um frasco de comprimidos e engoliu algumas pilulas.
Adormeceu bem rápido.
Mais uma noite se passou, atormentada por pesadelos.
Às sete e mela da manhã seguinte, Israel Ferreira vestiu seu terno, arrumou a gravata e foi para a garagem pegar o carro para dirigir até
14:33
Capitulo 307
a empresa.
Como era de costume no início do mês, a Concha Capital tinha uma reunião de rotina..
Quando Israel Ferreira tinha chegado à sala de reuniões, todos já estavam lá.
Sara o observava sorrindo.
Mas Israel Ferreira ainda guardava aquela expressão indiferente e sem desejo, sentando–se em seu lugar.
“Vamos começar.”
O assunto principal da reunião que ocorria pela manhã, era ainda sobre as Fusões e Aquisições de Ferreira.
Verdadeiramente, havia diretores na Concha Capital que eram contra à aquisição da empresa.